Alimentação natural para pets: como funciona?

Comum em países como Estados Unidos e Austrália, a alimentação de cães e gatos com comida fresca e natural ainda é algo muito novo entre donos de animais e profissionais veterinários brasileiros. Por isso, o blog da My Pet Brasil preparou uma lista de coisas que você precisa saber antes de decidir fazer ou não a transição da ração industrializada para os alimentos naturais. Vamos nessa?

Cada um na sua

Antes de mais nada, é preciso esclarecer: Alimentação Natural para pets (conhecida como AN) não é o mesmo que resto de comida humana. Pessoas e animais têm necessidades nutricionais diferentes e alguns alimentos dos donos podem até ser prejudiciais aos bichos – caso da cebola, por exemplo. Uma boa dica é guardar estas listas de comidas perigosas (aqui e aqui) e acessá-las sempre que necessário.

Dito isso, podemos definir AN como toda alimentação saudável e balanceada, feita com ingredientes frescos, selecionados e de qualidade, que supram todas as necessidades do animal. Esse alimento pode ser oferecido de três formas: cozido, cru com ossos e cru sem ossos, tipos que serão detalhados no tópico a seguir.

Antes disso, um último alerta: leve seu pet ao veterinário para um check-up antes de trocar a comida processada pela natural e só inicie a fase de transição da comida se a saúde dele estiver em dia. Caso contrário, será necessário providenciar uma dieta especial, que também pode ser indicada pelo médico. Pesquise, leia e aprenda, mas nunca deixe de consultar um médico veterinário antes de começar a mudar a rotina do seu pet, ok?

Quente ou frio? Duro ou mole?

Entre as três formas de AN já citadas, a mais comum é a cozida. Nela, todos os ingredientes passam por esta forma de preparo para garantir a segurança alimentar e conferir um sabor capaz de atrair os pets mais exigentes. Esse tipo também facilita o trabalho para pets que não tenham tolerância ou capacidade para consumir carne crua ou ossos. Por outro lado, é mais trabalhosa para o dono. Nestes links (cães e gatos), é possível encontrar todos os prós e contras, recomendações e contra-indicações importantes sobre essa dieta.

Outra forma é a crua com ossos. Ela é biologicamente alinhada à fisiologia do animal, já que contém carnes, ossos e vísceras cruas. É inspirada no modelo BARF (Biologically Appropriate Raw Food; do inglês, Comida Crua Biologicamente Apropriada), desenvolvida pelo veterinário australiano Ian Billighurst nos anos 80 com o intuito de imitar a dieta natural dos lobos, parentes dos cães. Trata-se, portanto, de uma dieta quase toda carnívora, totalmente crua e com poucos legumes crus processados no liquidificador. Nestes links (cães e gatos), você encontra mais detalhes sobre essa dieta.

Por fim, o terceiro tipo é a crua sem ossos. Esta é a mais natural, prática e econômica das três opções, pois trata-se apenas de carnes e vísceras cruas com vegetais e carboidratos cozidos (e triturados, no caso dos gatos). Por outro lado, exige disciplina e organização, já que você terá que preparar as porções e quantidades corretamente, o que leva algum tempo. Nestes links (cães e gatos), têm todas as dicas e procedimentos para adotar essa dieta com seus bichanos.

Estude, converse e respeite – ou nem comece

Alimentação natural para pets não é brincadeira – e, sim, dá mais trabalho do que apenas abrir embalagens. Em seu site dedicado ao assunto, a veterinária e jornalista Sylvia Angélico, apela para que ela seja tratada com seriedade pelos donos de pets. “Por favor, adote a AN com responsabilidade ou nem comece”, destaca.

“Dietas caseiras ainda enfrentam preconceitos e resistência por parte de muitos veterinários pura e simplesmente porque algumas pessoas assumem a alimentação do pet sem critério algum. Sem estudar nada sobre o assunto. Por favor, não faça isso”, diz ela. “Entre uma dieta caseira grosseiramente desbalanceada e ração, prefira sempre a ração. Por favor.”

Por isso, o recomendado é ler bastante sobre o assunto (sempre em fontes confiáveis), procurar a orientação de médicos veterinários que estejam dispostos a ajudar nesse processo e estar disposto a modificar a sua rotina para se dedicar ao preparo da comida do seu pet. Afinal, se cozinhar é amor, por que não fazer isso também pelo seu pet?

Principais fontes consultadas: Cachorro Verde, Hypeness, Tudo sobre Cachorros

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